terça-feira, 19 de agosto de 2014

domingo, 10 de agosto de 2014

hora ou outra uma estrela morre no universo.

às vezes soa uma profecia no sino da igreja.


e uma mulher vestida de sol aparece entre os altos céus.

vamos todos queimar nossos pecados em saliva cáustica.

para quê criar tanto veneno e tanta merda a troco de nada?. revele-se. encare essa merda.

seu caráter é falho e todos precisam das mais imbecis certezas. você não pode é ficar
se alimentando de tanto lixo e subproduto do rancor. esteja de pé. ao meio dia estar de pé e refeita.
estar pronta. inteira. e viva. com o tigre que te consome as tripas bem acordado. visceral. sede e fome.

vamos levantar e trabalhar. independente da vontade dos  outros. do amor dos outros. da permissão dos outros. os ouros nós quem vamos colher. os outros só vão espiar seu sucesso e vão remoer seus comentários sujos e suas vontades terríveis e baixas. o cão trabalha na sombra. e na sombra ele vai ficar.

deixe de ser idiota. siga o seu caminho. desenhe a sua história. e o que vier virá. a luz e o sol.
 graças a uma mulher. ela quem vem. retumbante e eufórica. #asInimigaPira.


domingo, 20 de julho de 2014

volta e meia

vamos partir de onde?
vamos tentar denovo.

desta vez eu vou contar com uns truques na manga, pois não estou no mundo à passeio.
ontem mesmo me voltou uma certeza em meio a uns pacotes de macarrão instantâneo.
eu vou continuar a colorir seus dentes com o negro amargo que me vem a boca ao ver-te em vertigem.
eu vou reforçar o amargo. é bem verdade que eu vá fazer uma transfusão sanguínea
troca, comércio.
fica o amargo e vai-se o que puder escorrer. do féu ao céu. passando pelo réu. que na verdade sou eu.

eu quero assistir isso.

o trágico. uma luneta e astros maravilhados. ciência artesã. cosmo incólume. saraivada de tiros ao anoitecer.
vamos começar novamente.
vamos começar a pontuar os estreitos e largos vãos dos orifícios. as rachaduras que ficaram. o negro amago o negro amargo sangue telúrico do irremediável acontecido
vamos recortar fatos
personagens
tiras de jornal
tiros de entrelinhas
estrelas esquecidas

a vida vai dar outro salto
a cigana vai acertar
o medo vai dormir com você
te acordar
te lembrar
ressuscitar
e suscitar
que os clichês foram vencidos
a poética agora agrega profundas camadas
zonas inóspitas foram defloradas
estupradas em alto grau de resistência
estupraram
roubaram tudo
arrombaram
e não adianta acordar no dia seguinte
foi aquilo mesmo
vamos sitiar umas gazelas
vender umas galinhas
usar humor ácido
colocar Diabo Verde na história
além de limpar vai corroer pateticamente tudo o que estiver no caminho.

...

os dias tem me mostrado uma sorte de vãos
uma gama de intervalos
se não for por algo realmente transcendente
não sei qual é a missão.
não me compete a função?
se não for por mim, nem por ele,
nem por ninguém, será pelo quê?

talvez ideia que me engula madrugada adentro.

saravá mizifi borogodó. Deus nos altos céus.
nuvens em colapso.
 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A valsa despedaçada

e meu coração em chamas. ramificações de um mesmo imbróglio pervertido sentido perdido. ruína de um desejo. estratificação de uma vontade mórbida. comedida aparição de signos. vizinhos incômodos. visagismo lúgubre sagrado. luas lancinantes. uivos céleres. uma vida passada por baixo da porta. e ela. alí, caída, morta, despedaçada.


domingo, 14 de abril de 2013

o que você nunca vai entender...

sobre máquinas de tortura, nosso amor, fobia de você e necessidade de silêncio absoluto, quem sabe mudar pra Marte mês que vem.


voltamos àquela velha mania de fugir do inevitável. patinação no gelo ártico. fomos nós dois ao parque de diversões e deixamos os brinquedos de lado e resolvemos nos amaranhar nas teias insolúveis do inevitável.  idiossincrasia de bicho. idiotice infantil.
aquele homem que nunca dorme, aquela moça fútil que carrega mil estrelas nos ombros e se parece com um ornitorrinco de sacrifício em noite enluarada de festa pagã.  aaahhhhh as noites... as noites estão cada vez mais longas, a vida cada vez mais curta e quando eu olho pra você e me apaixono pela zilionézima quinta vez pelo seu sorriso surdo e sua voz martelo presente nos meus ouvidos zunidos de piche eu sempre viro um sorvetinho. sorvetinho. isso mesmo. daqueles baratinhos. daqueles vagabundos.
eu quero um ritmo acelerado. eu quero correr a 300km por hora, vou seguir a velocidade da luz, quero alucinação, êxtase, sei lá uma droga potente. a necessidade da suspensaão imediata e a consciência alterada. eu vou comentar ao padre. juro. eu sei que eu vou ter problemas, que eu vou levar umas porradas por minha insolência. eu sei que ele não tem saco pra isso. eu sei que ele precisa dormir. eu sei que a rima está equivocada. e o texto frágil. e a boca suja.

ok. você venceu, batata frita.

eu vou procurar outra forma de comunicar essa merda embolorada. esta merda que não é consonante, que fede, que salta aos olhos. Esta merda que nos mantém vivos. adubo dos sentidos.
dá um puta trabalho sair por aí procurando o amor das pessoas [SABIA?]. e convencê-las que você é uma pessoa boa e que quer sim o bem, quer um pouco de luz nessa vida [tipo Roupa Nova], quer estar entre eleitos, [OS santos] e não procura o reflexo torto, a  face do demo.. não... você não você não quer ver a sombra, nem o desgaste. Você precisa de um salvo conduto. preciso procurar uma igreja. mas tem muito erro competindo. tem uma ambição desenfreada e tem um gosto de sangue na boca, sabe o desejo de vingança? tem tudo isso no combo. sem falar do palavreado falso pretensioso e cadavélico chato do caralho. eu queria explodir metade do mundo e na outra metade eu conservava você, eu colocava pra morar no meio mundo que sobrou, você com seus bichos de estimação, com suas palavras duras, suas pedras amoladas, sua cabeça fechada e sua sensibilidade de orquídea. eu colocava pra morar com você tembém um milhão de pássaros que voassem sempre num mesmo horário, que eles tragam mil primaveras e mil sóis pra acordar o seu sorriso e sua fome de mundo. A função primária desses pássaros é acordar aquele frisson que você tem escondido entre zípers. eu vou sumir por umas horas e vou fazer de você um cão abandonado sem rumo, por que você também precisa aprender a viver sem mim e vai aprender a parar de chorar a minha falta e encher meu saco com as suas implicâncias idiotas. na hora oportuna eu volto pra receber o soco nos dentes e acabar de vez com essa adolescência tardia. vai ser irresponsável assim no inferno. você deve pensar. eu vou levar cinquenta anos pra amadurecer. eu vou levar uma vida pra parar de comparar os graus de latitude entre os meridianos e a masturbação no estreito de Behring com os queijos produzidos na região da Alsácia francesa. nós estaremos velhos e cansados de nós mesmos e cansados das mesmas merdas e cansados por não dormir e cansados do peso do mundo e cansados de todas as exigências do padrão de mediocridade de vida que devagar nos vai sendo imposto. Etc, etc, etc.

eu vou parar por aqui. antes que eu me perca. denovo.









sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

stricto sensu


a redescoberta da pólvora. inevitavelmente descobriu-se que é possível amar. novamente. é possível envolver-se. naturalmente. é possível perder-se. cotidianamente.


a balança simboliza uma equação. dividendos e divisores em relação quase promíscua. e sabendo da farsa, estando a par dos fatos e tomando as devidas precauções a gente tenta. tenta escapar da perseguição habitual. encontrei o buraco mágico! o esconderijo essencial. minha caixinha de Pandora com purpurinas flamejantes está em local seguro. a paz que eu sinto a cada toque e a cada beijo de mariposa bêbada. me entorpece. essa sensação esquisita e voraz. terna e lúgubre. "nunca fui tão feliz nessa e nem em outra vida." são libelos recorrentes. minha fome ele alimenta. minha ansiedade ele acalma. minha insônia ele acalenta. e eu fui navegando pelos mares e me afogando nas correntezas do amor mágico. onda forte e mar revolto. suas medalhas e um chão de pedra impenetrável. luzes maravilhosas e fantasmas com crises alegóricas. "Nunca fui tão feliz...". Continuo não me arrependendo de nada. por nada.  e não trocaria a caminhada a beira mar com lua a pino por dois nacos de mentira empacotada. Já ouviu os sinos da Catedral daqui de perto de casa? Sempre me levam pra algum filme. paralela Highway.  Esquisita sensação que nem é térmica e nem é líquida. gasosa. o amor é um estado de graça gasoso. rosa. flamejante. raio cortante. esplosão de fogos. "Eu nunca fui tão feliz... nessa e nem em outra vida...".


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