domingo, 27 de maio de 2012

Digníssimo ascensorista...

Vai subir?

Entre um livro e a praia eu fiquei em casa. A escolha é falha e não tenho boa companhia [todos dormem]. casa. Enquanto posso escolher, eu fico por aqui mesmo. Entre mar e saudade, entre frios e calados assombros sobrenaturais. Tínhamos um convés, ratos de porão e bons petiscos para os peixes selvagens exigentes. Eu que segui toda recomendação de não olhar para o lado, manter o olhar assustado, cochilar só com licença no órgão competente. O que mantém o meu sono...? [andar 2] não durmo bem faz uns dias já. Comer eu como, andar eu ando, limpar eu limpo. Mas não durmo. Acho que virei uma sentinela. Acho que foi isso. Ou um bicho do mar. [eu desço no 4º] Fome monstra. Cabelo difuso. Medusa. É isso. Sol a pino e um convés povoado de fantasmas. Pouca roupa e pele árida. Entre um trilho e outro da via expressa. A sujeira da paisagem, o choque da supervia, a elétrica corrente que liga ao chão. Não sou uma sentinela. Virei pára-raio. Instantaneamente. [4° andar] Desço. Descalça. entrerisos.