quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

do que eu não fiz, onde eu não fui


assunto delicado. como varizes.
a mim me pareceu e sempre parecerá uma imensa armação. armaram tudo. até as desculpas. não acredito em nenhum de vocês. e também não quero andar armada. por um bom tempo. vou entrecortando o discurso pra parecer mais óbvia, no entanto, nem consigo. Ouço Bob Dylan pra não acordar. prego na testa o lembrete do dia: "não te esqueças". Ontem. Eles riram de mim lambendo seus dentes pontiagudos. com a aridez das hienas do Wall Disney. é isso o que são. hienas do Wall Disney.
acreditando, cancelei a passagem. acreditando, me arrependi amargamente da hora que dediquei minhas horas inúteis. mas eu também faço parte disto tudo. e não vou poupar minhas circunspecções a respeito do ocorrido. contribui com o acaso. acreditei nas pessoas erradas. e sei que nada vai salvar a parte que me cabe. não quero nada, de ninguém. gostaria que tudo isso ficasse muitíssimo claro. eu não vou me vingar com a picardia de uma criança. nem sou demasiado idiota ao comprometer um trabalho ou mesmo uma vida de dedicação. parca e porca vida. mas eu não vou mais esconder minha decepção. também não quero deixar meu verbo rosa. minha compreensão artificialmente doce. ou aceitar como ofensa do destino tudo isso aí embaralhado no cesto da vitrine. a sujeira sou eu quem vai retirar do canto dos olhos. acordar no dia seguinte. ao tropeço. é tarefa pra'quela outra heroína. eu não fui, por um engano. programado. consentido. e amargo sim. cada um. pela mentira. pela sordidez. pela vilania dos dias malditos que ainda me aguardam. pois o demônio vai me servir um líquido em efusão, doce no início que marcará um rastro de féu na garganta e nos poros. mal posso esperar o desfecho. posso sair morta. louca. alucinada. e terminantemente perdida. não sabendo o que querer, sentir, pensar ou mesmo como agir. por que inacreditavelmente os quero tão bem quanto querem a mim. tudo é recíproco.