segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

onde você não consegue me ver

sacrificado seja todo segredo.





preciso comer um doce. sensação de balão. aflições e um dia breve.

escondo meus olhos e tenho medo do que pode estar à frente ou chamem de futuro, Deus, solidão, sei lá, verdades sobre o tempo e ausências sem boas desculpas. prefiro conservá-los em pequenos potes lisos com vinagre e sal. nenhuma solução cênica que caiba no bolso. perdoe minha falta. cansei de conviver. e ter que, tantas coisas. um balão de oxigênio. três parabéns. um ponto negro no sol. inchaço de lua. meio caminho. amor de mãe na prateleira. mil pés de altura e confeitos coloridos para lembrar você de você mesmo. uma garotinha que é um amor e não vai esquecer dos elefantes bordados na parede. umas migalhas de saudade entre uma dobra e outra do vestido novo. um homem perfeito que não alcança a realidade inventada. sonhei com ele mês passado. e tenho escrito coisas tristes e infantis. ok. passou como uma febre. andei tropeçando em algumas boas surpresas. não quero deixar o tempo me enganar. me fazer de boba e rir de mim. preciso nadar um pouco mais. preciso manter a postura. guardar as chaves. encabeçar uma barricada. lenço rosa. salsinha no copo. meticulosa aresta delirante. formigas cintilantes me acordando de madrugada. você denovo. aquela mentira denovo. obrigações no cabide. minha alma embotada. ahhhh. não quero terminar isso! aff! preciso correr e vai ficar sem ponto final.