sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

stricto sensu


a redescoberta da pólvora. inevitavelmente descobriu-se que é possível amar. novamente. é possível envolver-se. naturalmente. é possível perder-se. cotidianamente.


a balança simboliza uma equação. dividendos e divisores em relação quase promíscua. e sabendo da farsa, estando a par dos fatos e tomando as devidas precauções a gente tenta. tenta escapar da perseguição habitual. encontrei o buraco mágico! o esconderijo essencial. minha caixinha de Pandora com purpurinas flamejantes está em local seguro. a paz que eu sinto a cada toque e a cada beijo de mariposa bêbada. me entorpece. essa sensação esquisita e voraz. terna e lúgubre. "nunca fui tão feliz nessa e nem em outra vida." são libelos recorrentes. minha fome ele alimenta. minha ansiedade ele acalma. minha insônia ele acalenta. e eu fui navegando pelos mares e me afogando nas correntezas do amor mágico. onda forte e mar revolto. suas medalhas e um chão de pedra impenetrável. luzes maravilhosas e fantasmas com crises alegóricas. "Nunca fui tão feliz...". Continuo não me arrependendo de nada. por nada.  e não trocaria a caminhada a beira mar com lua a pino por dois nacos de mentira empacotada. Já ouviu os sinos da Catedral daqui de perto de casa? Sempre me levam pra algum filme. paralela Highway.  Esquisita sensação que nem é térmica e nem é líquida. gasosa. o amor é um estado de graça gasoso. rosa. flamejante. raio cortante. esplosão de fogos. "Eu nunca fui tão feliz... nessa e nem em outra vida...".


***