quinta-feira, 9 de julho de 2009

um tour na Babilônia


as 24 horas do meu dia eu devo à Babilônia. e onde fica mesmo aquele lugar que eu tanto gosto?
quanto tá a passagem moço? -você não pode pagar. não era feliz hora alguma. Experimentava uma sensação estranha de não sou daqui, não sou dalí, não pertencimento, abandono breve. não existe poesia naquilo. e é tão longe. tinha na boca um emaranhado, uma confusão, amargo, língua amarrotada. na bolsa umas estrelas, medalha, condecorações de guerra, e ferrugem. hoje ela fez 100 anos. anda beijando o asfalto,
na lua sétima de astros indecisos, aceitando, passivamente. conivente. por conveniência. trocadilhos idiotas. falta paciência pra tanta burrice. e queimou suas roupas com propriedade.
alguns acreditam que ela não tem um parafuso na caixa craniana. existe esta possibilidade.
rendeu-se a uma vaidade importada. já não responde aos sinais vitais. alguns vermes se aproveitam. puro deleite. e a chamam pelo nome. preciso de reanimação cardio-respiratória. com desfibrilador. deixou o dia pra trás. passando ilesa entre os automóveis. chegou à reflexão. de forma didática, num local correto. arrumou umas letras. consertou uns compassos. encarcerou uma borboleta. olhou pras horas do relógio pendurado. correu o quanto pôde. sumiu enquanto era tempo. daquele lugar só leva a sujeira carimbada na alma. entendeu a violência assíria nas intenções. bala na agulha. escremento. palpite. foi presa brincando de casinha na rodoviária. que pra ela era um borboletário sem janelas.
...