segunda-feira, 6 de setembro de 2010

o que acontece depois?


-FILHO DA PUTA!


precisava na verdade jogar na cara do infeliz. vomitar todo o engano. tudo o que eu fiz pra que desse certo e nada no resultado final. [em quê eu acreditava?] não pode ser considerado. não pode ser avaliado esse ódio. que mistura umas matizes escuras, rubras. e a ameaça à toda estabilidade adquirida. toda sujeira que o desgraçado tatuou na minha memória. morro de ódio a cada 10 segundos. me arrependo. e volto a morrer de ódio. é um cadáver belo. um corpo frio. com tez de vingança e mordiscadas no seio. -AQUELE CRETINO! podia ter arrumado outra, comido a mãe, eu não me importava, juro, ele podia fazer qualquer coisa, menos omitir. -DESGRAÇADO! vou revirar na cama esse luto por dias a fio. e quando enfim conseguir chorar, eu vou dedicar cada lágrima ao maldito. que por tanto tempo dediquei carinho. -MALDITO! que me fez de boba enquanto enganava os sentidos. que mudou tudo. minha rotina. minha pele. meus pés. veio e destruiu tudo. me deixou ancorada nas minhas desculpas. me deixou à sorte. de morrer de ódio. de sucumbir a cada segundo. de me arrepender por ter começado. e terminado nisso. esse trapo de hoje.