segunda-feira, 16 de novembro de 2009

o lance é não ficar se iludindo


no capítulo de ontem bateu um bode do cão. nem eu sei explicar. por que eu andei cansando de condicionamentos estúpidos. sim me cansei sim. e pra quê tanto orgulho? me conta. pra ser melhor que fulano que é um bosta? pra secar de inveja resultado de cicrano? pra quê? me diz. eu tô de saco cheio de tanta inoperância. e isso vem de mim. acredite. é muita reclamação. é muita firula pra pouca coisa. é meu tempo sendo perdido. é minha solidão me recolhendo num canto. trazendo pra casa. semana passada corri pra enxergar o filtro amargo na tua vitrine [olhos]. tanta desconfiança. me cansou essa ordem de não chorar em público pra não passar vergonha. minha vida tá um cú. no sentido mais sujo e prejudicado do termo. não encontro a cura do meu ferimento. médico, cura-te a ti mesmo. com plascebo rosa. eu fiquei ontem esperando até morrer uma resposta. percebi que você não se importa muito. ok. meu mundinho é pequenininho mesmo. e essa insuficiência de tamanho me encrispou os ânimos. perdi a aposta. me irritei com pouca coisa. me deu vontade de chorar caralho! e comprar uma arma também. e me vingar do cruél mundo de subdivisão. não encontrei o erro na pergunta ainda. mas é com x a resposta. prometo pedir leite no próximo boteco. prometo desviar meus olhos de cão que caiu da mudança. prometo fazer uma forcinha pra deixar minha cara mais parecida com a sua. pra te ouvir chorar quietinho no canto de algum quarto de hotél. pra secar essa enchente aqui dentro. pra tornar real. pra beijar você com carinho e sair correndo de desespero. a infelicidade disso tudo. a rotina dando bom dia. essa incapacidade de tudo. esse medo de progredir. meus decidébeis de altura. falei que tinha medo, inclusive de chegar em você. me trava a língua. me imobiliza os ânimos. não consigo mais explicar. não consigo. impasse.