terça-feira, 5 de janeiro de 2010

onde a luz não se esconde


é uma imagem idealizada. uma fixação também poderia afirmar. talvez eu seja a sua vaidade. não sei onde a gente começa e termina. fica um resquício de proteção. eu pedi proteção. sonhei com isso. queria abrigo. e fugir também. preparei um doce uma planta e terra seca. a tempestade que cobre minha janela não te alcança. quando você fica calado eu penso que está tudo bem. você não me conta nada sobre. quando se tranca no quarto pra chorar. não quer me mostrar cicatrizes. não me beija e nem diz que me ama. eu continuo durmindo de luz acesa. fique sabendo. embora eu ache que você não faça questão. monólogo surdo. e nem reparei quando você acordou e saiu com pressa. às vezes eu acho estranho esse seu silêncio. e violento. principalmente quando não me dirige a palavra. me acorda com agulhas. olha pra longe e esquece de mim. violento. posso te ligar e pedir pra voltar. posso passar com um trator por cima dos meus pés. colocar flores no lençol. colocar uma música. acrescentar dois palmos de indecisão e jogar tudo pro alto. só pra você parar de olhar pra longe. e esquecer de mim.
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... volto outra hora.