quinta-feira, 20 de maio de 2010

não adianta.






embora tenha regado minhas florzinhas da janela com muito óleo, acho que ando perdendo uns parafusos também, ando me apertando atrás da comiseração alheia e sem saber que tenho somente algumas boas horas de vida. não queria deparar-me com essa dependência absoluta de afeto. mesmo por que nem todas as pessoas estão muito empolgadas em sair por aí amando umas às outras. não é por que eu emprestei aquela grana numa hora de aperto e agora que eu preciso precise tomar no cú, não é verdade? as pessoas são perigosas, repito, se eu conseguisse tirar uma nota de sabedoria disso tudo talvez proferisse milhares de injúrias, talvez encomendasse um assassinato, mas nada abafa a voz de derrota que emana e encurva meu peito. eu ando perdendo pra burrice absoluta. eu fui solícita e tomei no zóio depois. assim acontece e sempre vai ser enquanto eu não tirar lições da vida e não fizer questão de saber se posso ou não contar com essas pessoas/carrascos à volta. o mundo é uma maravilha quando você tem: dinheiro, sexo, amor, casa limpa, roupas idem, disposição e um justiceiro à porta. o mundo é lindo quando você começa a escapar por seus próprios dedos. pela derrota, pela miséria, por todo mal que tem me acometido eu peço uma trégua.



vou vender meus brincos. são de ouro.

[não, não estou usando drogas]