sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

um cardápio sem música


em pleno horário de almoço esquivo-me ao teclado nosso de cada dia e arranho uma modinha.

escrever aleatoriamente o que me vier ao estômago. tenho fome. aqui nós não costumamos tocar em assuntos de esfera e da responsabilidade pública. reclamações gástricas. falar de trocados e vinténs não me cabe pois não os tenho no bolso (está furado). fingir um estado prejudicado não me vale, alimento-me muito bem (graças a Deus) e todos os dias. e eu vou falar de quê? miséria e mazela já dão muito dinheiro pro governo, eu ando inflamada. suspensão ventríloca acima do aceitável, além do possível, digamos que imperdoável. paciência pra babaquice. eis um bom assunto. pode render matéria.capa de jornal. uma pessoa que foi e fez. pegou, largou, pegou novamente, deixou, cuspiu, notou, morreu. tudo entendido. belo. imaculado. se há razão ou lógica que dialogue com um nada a ver com nada ou mesmo uma autodefinição sem sinal digital e silogismos e enganos... onde consigo escrever e bem para teatro? no quarto de casa, na rua, no motel, na escrivaninha, no balcão da loja, onde? alguém pode me ajudar? quarta-feira de cinzas, e ninguém foi almoçar ainda. preciso sair daqui rápido. -bon apetit!