terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

olho de vidro, cara de pau ou REstart.


vamos inventar uma nova ordem. um abrigo. talvez um lar. espalharam mentiras minhas, não quero mais perder meu tempo me defendendo. e defendendo ninguém. talvez tenha que morrer de culpa em algum canto da cidade. talvez não tenha amigos. talvez perca minha mãe. tenho provisões distintas e incabuláveis sobre destino, perdas, miséria, redenção e o caralho a quatro. não consigo sonhar mais. e não espero 'o affair' no portão de casa. a última tentativa de acerto foi um fiasco, meu coração tá maltratado. eu ando em trapos. minha casinha de sapê acaba de ganhar gelo na superfície. ok. eu ando tentando acertar meus passos. eu quero fazer certo. quero justificar uma quinquilharia de coisas. quero defender alguma coisa. queria amar alguém também. percebo isso em finais de tarde. o céu anda tão lindo nesta estação. sim. simplismente lindo. céu de baunilha. preciso confessar umas fraquezas. não interessa o teor de maldade de alguns. inomináveis. mas proteção e salvação é pessoal. só tenho medo do ataque injusto. da condenação a ferro e fogo. também da inquisição. tenho medo das tochas e dos lampejos de consciência. tenho medo da minha memória. tenho medo da causalidade fortuita de tragédias.
é melhor parar. é melhor entrar no rio e deixar que as águas manchem e carreguem minhas saias. já nem quero pensar e responder por atefatos bélicos nas mãos de crianças. quero mais limpeza na fachada de casa. quero conseguir sentir um alívio depois do esforço. quero acabar com esta dor na cervical. quero peixinhos nadando no meu quarto. também um alguém menos parecido com meu travesseiro. só não quero mais solidão. só isso.
bora tocar o boteco!
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