quinta-feira, 18 de novembro de 2010

sobre a afabilidade de um potro misógino e picadas de inseto no calcanhar

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eu só não aceito traição e falsidade. tiro no pé, tapa na cara, soco no olho, pode. a quem me perdeu e a quem me encontrou. se não posso fazer ninguém contente é por que meus pulmões cristalizaram-se em tampos de zinco.
me entrego à sorte de qualquer temporal. perco o amor original. arranco páginas de livros. rasgo papéis com picardia. entreato cordões aos pés e levanto um altar de suicídio. para que todos que divergirem com Vênus e atiçarem Urano saiam queimados em labaredas incandescentes.
que os astros sejam testemunhas de vários atos de fé. de fogo e queima tóxica. sal e lentilhas douradas. Fênix anda sobrevoando meu telhado.

ao ofício, ao prazer, às expectativas, ao mercado, ao lixo, às vaias, às baias, aos empurrões,
aviso que qualquer frustração está fora de cogitação. quero com todas as minhas forças assisti-los em janeiro. quero quero quero quero quero. muito.

vou alí pedir um milagre. já volto.

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