segunda-feira, 15 de março de 2010


...temos três bilhetes. um filme noir. uns pandas na geladeira. e foram engavetadas todas aquelas gravatas italianas. por que você gosta de linhas e cores. e também um bom suspensório. toda obscenidade está plastificada de acordo com as indicações da embalagem. estamos a três passos da estação e me lançam poeira nos olhos, pra que eu insista em tatear o asfalto. past tense. ...
queria perguntar onde você quer chegar. mas acho que a hora tinha vencido. e os prazos não esperam. e meus hieroglifos[´] não respondem. sem falar dos segredos. vou tentar explicar. entendi quando disse da necessidade de aprofundar ou mesmo estreitar uma relação profissional. até então é ótimo. gosto também do gosto do dever. entendo sua sede. sua fumaça. canto uma nota errada. e não tenho a senha de acesso. pisco em sinal de socorro. respiro e vejo uma quina e nenhuma saída de emergência para casos de incêndio. e meu final é mal resolvido mesmo. talvez você queira decidir algo que não passa por você. onde estamos e queremos chegar soa fácil e tem baixa rotatividade. ainda não encarei os dentes de Sabre na sala. acho que preciso dormir sobre uns livros. preciso também passar por umas masmorras despuradas. vamos encaixar nosso quebra-cabeça. brincar de infância. vamos novamente pegar nossas redinhas e enclausurar umas borboletinhas indefesas e muito coloridas no quintal de casa. o problema mora aí, querido felino. estamos no quintal de nossa casa. ainda não quebramos uns muros correspondentes e tampouco colocamos olhos mágicos no portão. servimos um desejo inconsolável. usamos uma retórica sem subterfúgios dignos. e ser persnóstico é quase uma imbricada entre cafezais e moinhos amante[i]gados. entendi sua empolgação e adorei o novo vestido. procurei de manhã a vertigem e ela estava lá. me esperando no ponto de ônibus. com grilos falantes e tudo mais. então resolvi parar de sonhar com acréscimos de afeto. e necessidades estúpidas do que não sinto de fato. e nem sofro. nem sofro mais. confesso.
só me conta depois como vamos fazer com todo aquela poeira debaixo do tapete. antes que venha a cruz vermelha e nos retire do sagrado lugar dos convivas de plantão.
eu também não sei o que deve ser feito. preciso balizar uma série de boletins de ocorrência e embalsamar umas múmias. minha rotina táh cada dia mais estafante.
angariando uns graus na escala Richter.
ainda gosto da sua confusão.
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