quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ao fundo, o poço.


inverte-se os anagramas. você pode ouvir ao menos uma vez na sua vida a sinfonia que arde no peito?[região à altura do plexo solar] onde foi que você deixou suas polainas? você é muito louco ou eu que sou sonhadora demais? sabe, queria fazer de nós um conto bom. algo como música pra dormir. poxa, como eu gosto do seu jeito de desprezar tudo à sua volta. é. você transforma um dia em uma odisséia [ponto: não me balizar em inúteis palavras de cunho e significado escuso - arredio - vocabulário pernorsticida]. A fábula e o encanto. onde as crianças são felizes. páre de me olhar com ternura que não sei lidar com isso. posso responder como um cão. sabia? avançar e salivar. lamber. risos. vamos dilatando os vasos. encobre-se o buraco que você abriu nos olhos pelo medo de chorar pela vigésima noite seguida. agora nós precisamos afinar, aplicar com maestria todo encargo carimbado na alfândega. [só consigo escutar os motores, me avisa quando chegarmos às véperas vias de fato].

tenho fôlego curto. preciso aproveitar a maré dos enganos e alcançar uma nuvem.

tem uma criança, um bonde, uma fumaça, vidraças, quadrinhos animados, convulsão lírica, e aquilo que você tanto teme. o sopro entre os ouvidos. tudo com vapor efêmero.


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