segunda-feira, 5 de julho de 2010

horas afins e tempestade em copo d'água.





OK. um compromisso à frente. e mesmo à mordaça eu cumprirei o acordo. mas eu ando muito triste ultimamente. talvez pelas pedradas que andaram comprometendo o telhado do vizinho. talvez por irresoluta falta de responsabilidade com o que chamam de destino. eu ando sonhando no chuveiro. o canto da sereia. me entorpecendo todos os dias e me dando sempre 10 minutos de atraso. um presente que retribuo à base de endorfina. muita endorfina. e como feito um cavalo. pastagem virtual. cama siamesa. tudo que vier pela frente. dos dias que se passaram à noção de tempo que demorei a processar vou pedindo mais uma dose. não que meus dias andem bêbados. eu ando sem causa mesmo. talvez por desejar imensamente aquela brisa tão cara nos dias de hoje. quando não há ordem de despejo. não há pagamento. não existe cão que pague a falta do par. perfeito? ele foi embora e nem me ligou pra selar o fatídigo adeus. sofro feito uma puta velha. e ruim. como minha mãe sempre lembra. praqueles que não sabem amar. com contratos, com surpervisões do departamento social. com direito a deleite e sofrimento. o apego ao sofrimento. isso eu preciso abandonar. desesperadamente. pois bem sabemos que o pão de dores é recheado de sangue.

eu tenho um dever a cumprir, uma saúde a zelar, uma profissão a seguir, um compromisso a assumir, uma estreita relação desequilibrada entre o "eu" e o "seu", um medo de apavorar cães, uma receita pra dias inspirados, teclas, notas, pontos, vírgulas, espaços apertados, dígitos, e tudo anda me enchendo o saco.

até a conta no fim das contas.

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