terça-feira, 26 de janeiro de 2010

quando não sei se é amor.


enquanto. idéia de passagem. algumas coisas fazem outras não. sentido. me incomoda quando não fala e mente. mas me convence quando me amarra pelos punhos e me força contra parede. somos um problema alheio. ok. onde começa e onde termina? estou falando de uns dois. fala-se. ando perdendo a linha procurando uma música nossa. nesse jogo ontem foi você quem perdeu. fique sabendo///'nada é tão denso quando o tempo é silêncio'. /// e pra mim é tão difícil reconhecer quando é tempo de calar. deixo escapes soltos perdidos ululando. você me explica uma música doce. me enfeita de flores e sóis. mancha meu vestido. enxuga umas lágrimas. nada arde tanto como o sal nos olhos. aprendi a esperar o dia passar sem olhar as horas. graças a você. esperei meu relógio regular sozinho o ponteiro solto dos segundos. anotei uns decassílabos no pátio da escola. preciso cuidar melhor de mim. ok. às vezes quero cuidar de você como um filho, como um homem, como um pai, tudo meio embaraçado. alcancei o céu. queria te falar. com minhas mãos. numa tentativa rítmica de redenção. quero esquecer pormenores e encaixar você em algum espaço vago em mim. e quando gostar de outra pessoa não quero que você tenha ciúmes. isso da gente passa. como uma febre oscilante e escorregadia. só peço que não me deixe sozinha. este castigo eu não suporto. preciso curar esta ressaca que denuncia o que não permitem dizer.


"da morte ela morre de medo... e já disse que me ama... mas tem que ser em segredo..."

[ Sobre nós dois e o resto do mundo - Frejat]