segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Prelúdio em equinócio


esse lirismo me perseguindo à boca de becos sujos. todas as entidades enfurecidas por minha extrema incopetência religiosa. os organogramas da repartição me apelando atenção. o maldito monstro da gaveta na caixa branca. Pandora deve estar fornicando uma hora destas. -vadia! me soltou ao vão do sofá e me perdeu entre as estrelas czarinas. de propósito. aqui é o lugar onde repito. de tudo um pouco. as mesmas paisagens. os sóis. dígitos que atravessam meus dedos. que sabem cortar minhas impressões e tomar pra si todo mérito. anêmico. endêmico. com toda terminação pseudo-poética a que tem direito. não aprendi a ler. e não vou saber descrever em códigos o matiz dos aovéolos lunares. em tarde fria. que me carrega a uma fuga. de Chopin. toccata. por um monstro. assediada pela besta. saída de algum canto do inferno ela veio aqui me arrancar da cama, socar uns 3 tapas e dizer que meus dias de equinócio quivalem às noites. empate ímpar. com malhadas figuras. serpentina fora de época e aquelas lágrimas coloridas. de inocência. por não saber onde se encontram as instruções nem a placa de saída. emergência lúgubre. desde então acordo com olhos vagos. me retiro dos ambientes com discrição. e tento arrancar de mim toda manhã uma porção de sangue pra compensar a falta que eu sinto do que não entendi ao certo ter perdido ou cedido à fraqueza em nome de algo que nem sei nome e me carrega desoladamente por qualquer rua que seja. buraco. fim. cinzas. a fênix está dormindo. e pediu para não ser incomodada. fazem armadilhas, cedo a amarrações alheias. a perseguição da minha alma começou no último verão. tenho mãos e seios sujos. e a culpa não é mais minha. é minha fraqueza que responde pela imbecilidade a que fui acometida.
falo o milagre, mas nunca o nome do santo.