quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

saí pra não voltar. só volto com os louros da vitória. Só volto com minha coroa e minha espada de fogo. que meu perdão atravesse o mar. atinja a cavidade mais apropriada para o último golpe. o puro perdão. o que limpa. lava. sangra. a salina que essa mágoa produziu mataria mil cães infartados. mas não. a água que transborda. o fogo que devora. irmanados fecharam uma brecha no peito. a tua ausência. o teu silêncio. a mentira. tudo está morto e precisa de bom velório. digna dor. mas meus pés alçam voo. e não posso mais olhar pra trás. meu campo de visão tem milhares de túneis e muitas flamejantes estrelas. o divino habita e convence. ascendente fuga. destino resolvido num traço a guache.

me perdoe por não conseguir me tornar algo suficientemente bom pra suprir sua sede.
minha salina é dissolvida com sangue e água. sinta o meu perdão.

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