segunda-feira, 21 de junho de 2010

e você o que é?



trocando sexo por livros.

vamos lá. ao fight. queria primeiramente deixar bem clara minha consternação adquirida nos últimos dois dias. e como sei que não existem paredes, também não me preocupo com o que dirão de mim. precisam sempre colocar um na roda. precisam de sangue. é aí o ponto. teceria uma malha de prováveis razões. quinhentas explanações. mas meu saco estourou na última cavalgada. tenho medo. tenho fome. tenho sede. tenho consciência da minha limitação. justa. e não quero ser exemplo pra ninguém. minha postura precisa ser questionada. minhas mentiras verificadas. minha culpa expurgada. queria mostrar de alguma forma. carinho. compreensão. solidão. estranhamento. como um cão, talvez. já reparou o quanto os cães são solitários? já reparou como a tristeza com todos os seus chavões, repetidas idas e indeléveis voltas, continua entorpecendo? e por que tanta volta? por quê tanto silêncio? em minha defesa talvez não haja causa ganha. eu sempre jogo pra perder. a víbora traiçoeira roendo meus calcanhares. já adverti milhares de vezes. já constatei. ninguém passa ileso. às vezes nem eu sobrevivo. mas eu permito e pronto. está ela fazendo seu carnaval. o carnaval da víbora.

eu vou até o fim. assino. não compro brigas todos os dias.
que o fogo, o tempo e o verbo seja provado.

não pedi pra morrer.


***

2 comentários:

  1. Também não morrei nesta última batalha. Se minha armadura é de ferro, meu coração é de vidro. Pode saber que por dentro eu sangro, mas essa hemorragia pode ser estancada. Não tenho medo da morte. Saibam que eu já ressurgi das cinzas outras vezes. Com o perdão de uma frase não pensada por mim, desejo com o poder mais forte do ódio que apenas os vermes comam quem me deseja algum malfazejo. Ou que deseje aos meus. Entenda que tudo que desejas para mim, voltará para ti triplamente. Os que estão comigo não cairão. Os que fingem estar comigo provarão o amargo gosto da decadência. Meus inimigos já firmados saibam que vocês terão que me engolir, sem água. O meu trabalho fala por mim. Ponto final.
    L;E.V.A

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