segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

entre não querer saber e parar no tempo com bobagens


mania de enxergar pessoas como trapos e fivelas enferrujadas. muitos cintos lascivos e frouxos. alusão e estratégia de combate. hoje eu coloquei uma música triste pra me lembrar daquele vazio que você marcou a ferro em brasa. já te disseram que hoje eu não consegui ao menos chorar em paz? acho que não. não te contam os detalhes. inúteis. não te contam nada que realmente importa. só mentiras amáveis sobre mim. tranque você suas portas e torne minha estadia a mais incômoda possível. eu não quero nada seu. repito. não adianta vir com promessas, o caralho, escambau alado. não quero! a mim você não convence. é guerra. e não me chame pra arrancar a bala engasgada e entregar minhas senhas. acesso negado. falta sempre um pedaço. acho que eu era outra coisa mesmo. conquistei este tom grave às custas de muitos açoites, fique sabendo. um espaço que não cabe em vão e madeira. não quero falar que você me importa demais. às vezes. não posso contar as mentiras que enviei semana passada. chás de erva-doce. fé cega e faca amolada. me contaram que você era perigoso. fiquei com medo. medo e defesa. esqueci de te contar. esqueci também de te lembrar. desculpe. denovo aquela mania de comiseração. não precisa ter piedade de mim. com você é a ferro e bala. e morte certa. não adianta me acordar em meio a noite pedindo água, nem me levar ao céu 3x na semana. aqui é pedra e defesa. não venha me dizer coisas que não acredito. você na verdade só quer mais uma. que você ao virar a esquina vai esquecer até meu nome. sou daquelas que amam e matam por motivos banais. cuidado você também. posso ter mil faces e uma que negue todas elas. fica a seu critério o nível de avaliação. escolhemos a distância como resposta. me entristece teu viés negro em volta dos olhos. desculpe. mas não consigo te olhar com bons olhos. foi você quem começou esta história. não me confunda dos pés à cabeça por nada. cansei de te esperar com um copo amargo na mão. esperando desculpas e ofensas que não mereço. desculpe. você não me acorda com amor nem me manda flores em horário comercial. acho que não merece sequer a dor. só peço que me perdoe. talvez eu tenha traído. lavei meu rosto com cal e desfiz nós nos dedos descalços. agora eu posso andar em paz. ou tentar ao menos.

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